quarta-feira, 9 de junho de 2010

Cremação


Anúncio de crematório em Fortaleza.

Os rituais estão mudando: lançar as cinzas ao mar ou colocá-las em urnas biodegradáveis com sementes já é comum.

Cresce a procura de serviço de lanches para funerais.

Pela primeira vez, nos primeiros três meses de 2010, foram mais os funerais em que se optou pela cremação do que aqueles em que houve enterro nos cemitérios de Lisboa. Um sinal de que os rituais estão mudando. Há cada vez mais funerárias oferecendo novos serviços e cada vez mais portugueses optando por eles: do velório à música, passando pela reportagem fotográfica.

No ano passado, as cremações já tinham sido 49,9% do total em Lisboa e no último trimestre foram 52,9% dos cerca de 2500. A crescente procura tem levado à abertura de crematórios por todo o País .

"Cerca de 50% escolhem lançar as cinzas no mar."

A Servilusa organiza uma média de 50 cerimónias no mar todos os meses. "Algumas pessoas lançam também pétalas de flores... é intimista", diz Paulo Carreira.

Outra idéia de "grande aceitação" é a deposição das cinzas numa urna biodegradável com terra e sementes de pinheiro. Nas suas 55 lojas vendem cerca de 100 por mês. "O simbolismo toca as pessoas", diz.

"Antigamente era impensável servir água, café e chá num funeral e hoje já é uma oferta comum", diz Luís Baptista. "Não se trata de fazer uma festa mas de dar conforto".

Tende-se a "personalizar o ritual". As funerárias dão aos clientes o que pedem. "Se quer uma cantora lírica para o velório, nós procuramos uma".

Na hora da despedida, o violino e a harpa são muito apreciados e a Ave Maria uma das músicas mais pedidas. Se a família quiser, faz-se uma "reportagem fotográfica ou vídeo". Afinal, "é uma cerimónia de homenagem".

"A morte, tal como o casamento, é um rito de passagem e é normal que haja momento suntuosos", conclui Clara Saraiva.

Resumo de matéria de PATRÍCIA JESUS,

do DIÁRIO DE NOTÍCIAS, de Lisboa.

EU: É uma tendência universal, à medida que cemitérios ficam cada vez mais caros, longe de casa e inseguros de visitar. Que você não pode acrescentar nem um jarro ao túmulo, que é o que acontece em Pesqueira e muitos lugares, pois em meia hora já será roubado.
No Japão já passa de 95% o índice de pessoas que são cremadas e não enterradas.

Em Recife já tem cremação.
Leva 4 a 6 horas e custa cerca de 2 mil reais.
Não tenho ainda uma preferência formada.
Seria poético ter as cinzas jogadas no riacho do Seminário São José, onde passei minha adolescência, mas prá mim, por enquanto, tanto faz.