quarta-feira, 23 de junho de 2010

Primeiro....



"Primeiro os nazistas vieram sem grosseria.
Ainda assim abriram o portão do meu jardim sem pedir licença
e colheram todas as rosas que havia no jardim.
Era para uma passeata do partido.
E eu achei melhor não me irritar.

Meses depois vieram buscar os ciganos.
Eu era um padre católico.
Eles não eram de minha religião.
Lamentei...
mas achei melhor me manter calado.

Então vieram pegar os homossexuais.
Alguns eram da paróquia,
mas são pessoas que não seguem todos os ensinamentos de Deus.

Então levaram todos os judeus e os segregaram nos guetos.
Eu era amigo de alguns,
discutíamos os desígnios de Deus.
Mas também nada fiz
quando soube que de lá foram deportados para os campos de concentração.

Por fim me pegaram
e a alguns outros padres católicos.
Fomos levados para morrer
nos fornos crematórios
dos mesmos campos de concentração.
Mas aí já não tínhamos em quem nos apoiar
ou a quem reclamar."

EU: esta é uma história clássica de um padre católico nos tempos terríveis do nazismo de Hitler.
Recontei com minhas palavras.

Dedico esta história aos pesqueirenses (poucos, felizmente) que mandaram cartas para os blogues apoiando "a extraordinária ação do Detran-PE em nossa cidade."

Digamos que não foi exatamente um exercício de solidariedade com os seus conterrâneos.

Desejo que eles nunca sejam parados
por um carro com funcionários do DETRAN.
Especialmente se os funcionários estiverem
COM UM BAFÔMETRO.