Na sala de espera
espero.
E enquanto espero
medito
sobre o ato de esperar
suspenso
a minha hora de entrar.
Não faço nada
só penso
e vejo o tempo passar
devagar.
Na sala de espera
há multidões desnutridas
povos que a guerra tritura,
há milhões de almas feridas
há milhões de injustiçados.
Todos na sala de espera.
EU: mais um "soco no estômago"
do extraordinário poeta português
ORLANDO CAETANO.
Obrigado pelo privilégio de fazer
o lançamento mundial deste poema.
Quando fores o segundo de língua portuguesa
a receber o Prêmio Nobel de Literatura,
lembra de me agradecer.
ah ah ah