domingo, 27 de junho de 2010

Na sala de espera...



Na sala de espera

espero.

E enquanto espero

medito

sobre o ato de esperar

suspenso

a minha hora de entrar.


Não faço nada

só penso

e vejo o tempo passar

devagar.


Na sala de espera

há multidões desnutridas

povos que a guerra tritura,

há milhões de almas feridas

há milhões de injustiçados.

Todos na sala de espera.


EU: mais um "soco no estômago"
do extraordinário poeta português
ORLANDO CAETANO.

Obrigado pelo privilégio de fazer
o lançamento mundial deste poema.
Quando fores o segundo de língua portuguesa
a receber o Prêmio Nobel de Literatura,
lembra de me agradecer.
ah ah ah