terça-feira, 5 de outubro de 2010

A escola pública acabou: ESPERANDO PELO SUPERHOMEM.




Lançado semana passada nos EUA o documentário "ESPERANDO PELO SUPERHOMEM" do diretor David Guggenheim, que dirigiu o aclamado "UMA VERDADE INCONVENIENTE".

Fala sobre a decadência das escolas públicas norte americanas e alguns pobres fazendo ginástica para manter algum filho em escola particular.
Acompanha 5 famílias do país e seus périplos para conseguir o futuro dos seus filhos.

Uma das estrelas do filme é MICHELLE RHEE, secretária de educação da capital do país, que demitiu milhares de professores por incompetência. Fechou algumas escolas pela mesma razão.

No país mais rico do mundo 1 milhão e 200 mil alunos desistem da escola a cada ano.

Está provado que se um aluno tiver 3 professores competentes na vida, o seu futuro será completamente diferente.

Alguém diz no filme: "Se você estudar numa escola ruim de certos bairros, você terá mais chance de passar a juventude na cadeia do que numa faculdade."

E no Brasil?
A escola pública aqui nunca acabou porque nunca existiu.
Existem esforços isolados, com algum resultado, e estudantes que conseguem vencer toda a desgraça da escola e fazerem um percurso acadêmico digno.
Mas isto não é a política da escola pública.

Com 5 minutos no Orkut ou no MSN dá prá perceber como estudantes brasileiros que terminaram o secundário escrevem mal e não sabem se expressar.

Nossa mentalidade é escravista, quando os pais se orgulhavam do filho que sabia assinar o nome. Já era educação demais para eles.

Isto não é um fato isolado.
A saúde pública brasileira só é melhor do que as dos miseráveis países africanos.
Está a anos-luz da França e Inglaterra, por exemplo.
Mas, como dizia Martin Luther King, liberdade, educação e saúde não são coisas que se recebem, SÃO COISAS QUE SE CONQUISTA.
Nos próximos 200 anos pode ser que consigamos melhorar a escola pública brasileira.
Enquanto isto continuaremos a formar uma multidão de analfabetos funcionais. Mais da metade da população brasileira é incapaz de ler um texto e entender.
E isto não é culpa deles.
É culpa da inexistência de uma escola que os tirasse da ignorância.
Pouca gente é ignorante por decisão própria.