" É quente, é quente, é quente... mas nem pensem
que estamos chegando na parte do clima deste telejornal".
comentário de um crítico sobre este filme.
É uma das belezas da vida de um cinéfilo,
"redescobrir" filmes que amou.
"redescobrir" filmes que amou.
" O destino bate à sua porta" é um dos filmes que redescubro a cada 6 meses.
Existem 2 versões com a mesma história,
ambas com direções competentes e grande cast :
ambas com direções competentes e grande cast :
1 - a primeira, em preto e branco, de 1946,
direção de Tay Garnett, com Lana Turner,
John Garfield e elenco secundário soberbo.
direção de Tay Garnett, com Lana Turner,
John Garfield e elenco secundário soberbo.
2 - a segunda de Bob Rafelson, 1981,
com Jack Nicholson e Jessica Lange.
com Jack Nicholson e Jessica Lange.
Sobre um restaurante de beira de estrada onde um estranho é aceito como funcionário e começa um tórrido romance com a esposa do dono.
Como disse Arnaldo Jabor na sua coluna de hoje, não foi apenas o cinema que mudou, foram também os telespectadores. Este filme é um exemplo clássico desta afirmação.
A cena que se encontram pela primeira vez é de tirar o fôlego : um batom rola pelo chão, ele olha para o batom, a lente acompanha de onde veio, pára nas pernas esculturais de uma loura com uma curta bermuda e aí mostra a estonteante Lana Turner.
A cena que se agarram pela primeira vez a lente pára no rosto dos 2, separados por 1 palmo de distância e isto é milhares de vezes mais excitante, do que os 2 minutos de pegações e gemidos de Jessica Lange e Nicholson na versão mais moderna. Antigamente as cenas não precisavam ser tão explícitas.
A edição brasileira da primeira versão é primorosa e barata.
Além do filme em ótima qualidade de reprodução,
tem um documentário fantástico de 1 hora chamado " Meu pai John Garfield".
Além do filme em ótima qualidade de reprodução,
tem um documentário fantástico de 1 hora chamado " Meu pai John Garfield".
Garfield merece estar no topo dos astros do cinema, junto com Gary Cooper, James Stewart e outra dezena. Era um ator sem glamour, com rosto de homem comum, mas que se transfigura nos personagens que representa.
Numa destas ocorrências trágicas da vida, morreu de coração, aos meros 39 anos, em 1952, pressionado pela infame Comissão McCarthy que o rotulou de comunista.
l
Garfiel e Shelley Winters em outro filme.
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Garfiel e Shelley Winters em outro filme.
