quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Assassinos em série


ARTIGO DO SITE DA BBC

Serial killers costumam ser "pessoas comuns", diz FBI.


A noção de que serial killers seriam pessoas solitárias e desajustadas com uma inteligência acima da média --uma imagem amplamente divulgada por filmes de Hollywood-- é um mito perigoso que pode prejudicar investigações criminais.


"Muitos serial killers se escondem às vistas de suas comunidades", tendo casa, família, emprego e "parecem ser membros normais da comunidade", e passam despercebidos por policiais e pelo público".


O documento, compilado com base na experiência de 135 policiais, acadêmicos e especialistas em saúde mental, diz que boa parte do que as pessoas conhecem sobre esse tipo de crime vem de filmes de Hollywood."Os enredos são criados mais para estimular o interesse da audiência, do que para retratar com precisão o assassinato em série. Ao se concentrar nas atrocidades infligidas em vítimas por criminosos 'desajustados', o público é cativado pelos criminosos e seus crimes. Isto só cria mais confusão sobre a verdadeira dinâmica do assassinato em série", diz o relatório.


"O Silêncio dos Inocentes" é um exemplo desse mito. O personagem principal é um serial killer que é um psiquiatra canibal. O FBI cita exemplos de vários serial killers da história recente dos Estados Unidos que não correspondem a essa imagem "glamourizada".Robert Yates, que matou 17 prostitutas em Washington nos anos 90. Ele era casado, tinha cinco filhos e vivia em um bairro de classe média. Era um piloto de helicóptero militar condecorado.

Gary Ridgeway, confessou ter matado 48 mulheres em 20 anos na região de Seattle. Foi casado três vezes e ainda estava com uma esposa quando foi preso. Freqüentava a igreja regularmente.

Dennis Rader matou dez pessoas no Kansas. Ele tinha mulher e dois filhos, e era funcionário público.Outro mito que o FBI tenta dissipar é que os serial killers são obcecados por sexo. Nem todos os assassinatos em série têm sexo como base. Revolta, gosto pela aventura, ganho financeiro e tentativa de chamar a atenção também são citados como motivos para esse tipo de crime.

Revolta e busca por sensações extremas levaram o ex-militar John Allen Muhammad e seu parceiro Lee Boyd Malvo a se tornarem os franco-atiradores de Washington D.C. Eles mataram dez pessoas. Comunicavam-se com a polícia por bilhetinhos e tentaram extorquir dinheiro para parar com os assassinatos.

Michael Swango, um médico, foi condenado por quatro assassinatos em NY e Ohio, embora seja suspeito de ter matado de 35 a 50 pessoas nos Estados Unidos e na África. Ele tinha um caderno com recortes sobre desastres naturais que fizeram muitas vítimas. Era fascinado pela morte.

Um outro mito seria o de que os serial killers têm problemas mentais acentuados ou são extraordinariamente inteligentes.

"Como um grupo sofrem de vários distúrbios de personalidade". Não são considerados legalmente insanos.A mídia criou serial killers "gênios", que passam a perna na polícia o tempo todo. Isto está longe de ser a regra.


EU: Por que serial killer em início de ano? Pela mesma razão que todo fim de dezembro tem uma capa de VEJA com "novas descobertas sobre Jesus"e todo janeiro tem uma Isto É com capa sobre sexualidade, ou seja, FALTA DE ASSUNTO.


Para relaxar um pouco de assunto tão pesado, a piada clássica do serial killer, tipo Dr.Lecter. Sentado na mesa da calçada de um bar, o amigo diz: que moça tão bonita a que está passando. E o serial: certamente daria uma boa sopa !!!!