Ainda profundamente consternado com a tragédia haitiana, não pude deixar de comparar com os pobres milaneses, e a abrir meus cofrinhos para aliviar sua enorme desventura.
A 45 km ao norte de Milão, fica o LAGO COMO, que divide Itália e Suíça. A fina nata da capital financeira de Itália e gente endinheirada e de bom gosto do mundo inteiro tem suas "villas" à beira deste lago de 65 kms. Meu ator adorado George Clooney, o menos adorado Sylvester Stallone, o finado Gianni Versace, entre outros.
É considerado por muitos o mais belo lago do mundo.
Tem um dos únicos hotéis que você pode chegar de HIDROAVIÃO.
Este transporte é uma das paixões dos habitantes locais.
Tem uma restaurante noturno na ISOLA COMACINA que fica na beira do lago, onde um jantar pode se tornar inesquecível, mesmo a ilha tendo sido amaldiçoada por um bispo em torno no século X.
E tem a cidadezinha de BELLAGIO, onde mora não "a nata", mas "a nata da nata" do jet set mundial.
Enfim, uma tragédia atrás da outra.
Um contraste com a desventura e miséria haitiana, que VEJA, heroicamente, colocou na capa como "DO CAOS À ESPERANÇA".
Pura fantasia.
Esperança deve ser uma palavra inexistente na língua crioula do Haiti.
Ali a tragédia é o cotidiano.
É como a corrupção entre os políticos brasileiros, uma coisa intrínseca à sua própria natureza.
Deveríamos ser realistas e colocar nas capas:
HAITI: NÃO HÁ ESPERANÇAS.
É de pior a pior, feito a cantiga da perua.
Enquanto isto.... o Lago Como devastou meu coração.
Se não me matou de tristeza, matou de inveja.
Vou mandar o que restou dos meus cofrinhos de moedas para lá.
Clique na foto para uma boa ampliação de uma das cidades na beira do Lago Como.
Lecco, cidade e província.
Lecco, cidade e província.