segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Olho Vivo, Orlando Caetano





Tenho um olho muito estranho
muito fora do comum
por ele vejo o invisível
o oculto que ninguém vê

Por ele contemplo tudo
a paisagem mais incrível
o que é belo e admirável
mas também o abominável

Vejo o que quero e não quero
porque este olho é perspicaz
nada lhe escapa afinal
ninguém o deixa p'ra trás

Com este olho tudo meço
com a régua e o compassso
só não vejo quem eu sou
e as figuras que eu faço.


Leiria, 11.Abril.2012