Gabriel Vahanian, 85, francês, morreu 10 dias atrás em Estrasburgo, França.
Teólogo protestante, foi capa da Time na década de 60, num mal entendido.
Discordava dos "pensamentos positivos"de Norman Vincent Peale, e semelhantes, e, por causa do título de um dos seus livros, lhe foi atribuído a criação de um movimento chamado "a morte de Deus".
Ele dizia que estas pragas da era moderna (auto-ajuda e pensamento positivo) "tentavam reduzir o Cristianismo a um instrumento para o sucesso pessoal" (Atletas de Cristo pensando que Deus está cobrando pênalties por eles, é um exemplo rasteiro).
"A Fé tem propósitos mais altos do que isto: lidar com o sofrimento, tirar as sujeiras da consciência e confrontar as dúvidas sobre Deus" seriam alguns deles.
"DEUS É INTEGRALMENTE O OUTRO
E COMPLETAMENTE PRESENTE.
A EXIGÊNCIA QUE ELE COLOCA SOBRE NÓS,
NA MEDIDA QUE TEMOS FÉ NELE,
É A TRANSFORMAÇÃO
CULTURAL E EXISTENCIAL
DA NOSSA REALIDADE HUMANA."
"DEUS NÃO É NECESSÁRIO, MAS É INEVITÁVEL"
é uma suas frases polêmicas e lapidares.
99.9% da humanidade não consegue entender esta frase.
EU :
1.Os ateus que pude conhecer na prática só trocaram de escolhas, para pior.
Renegaram um Deus estruturado numa religião, para abraçar maluquices como cozinha gourmet, atletismo, sexo, ou uma doentia fixação em relações humanas (familiares ou eróticas) etc.
2. Não houve erro de tradução. Foi mesmo um erro de interpretação. Os livros sagrados repetem muitas vezes que "o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus". A Era Moderna entendeu, para suas conveniências, que era "Deus que deveria ser feito à imagem e semelhança do homem." Foi uma piada de mau gosto… e muito perigosa.
Grande Gabriel !
