... e por escrito, diz o ex-Secretário de Direitos Humanos do Rio de Janeiro: CORONEL JORGE DA SILVA.
“Nos meus tempos de Policial Militar, achava que os usuários de drogas deveriam ser reprimidos com o mesmo rigor que os traficantes. Já no final de carreira tinha minhas dúvidas.O que fazemos, não passa de um constante ‘enxugar gelo’...
Nos Estados Unidos 39 milhões de pessoas foram presas por porte de drogas entre 1970 a 2006.
Até 1970 gastaram 100 milhões de dólares no combate as drogas.
Em 2003, 70 bilhões. Desde que Reagan declarou guerra às drogas, 1 trilhão de dólares.
O número de viciados do país continuou o mesmo: 1.3% da população. E o negócio das drogas só fez crescer.
E se agravar: de problema de saúde pública virou problema de segurança pública. Virou guerra contra o tráfico, contrabando de armas. Mercado de drogas quanto mais reprimido, mais cresce.
Movimenta mais de 500 bilhões de dólares ao ano. Para enigma dos economistas, a repressão na oferta em vez de aumentar, baixou o preço por atacado da heroína e da cocaína. Estão mais puras.
Em 2001, o governo Talibã no Afeganistão produzia 74 toneladas de heroína. Em 2006, no quinto ano de ocupação pelos Estados Unidos, a produção do Afeganistão foi de 6.100 toneladas.
Em seu próprio território, quase 41% dos alunos de segundo grau dos Estados Unidos usam maconha.
A não ser pela boa experiência em Portugal, a legalização na Holanda não trouxe os resultados esperados.
Aumentar a criminalização, radicalizar o proibicionismo implica em mais recurso públicos.
O tráfico é o SETOR DA ECONOMIA QUE MAIS CRESCE. É big business ilegal. O traficante é um empreendedor.
Quer expandir o seu negócio. Eliminar seus concorrentes. A estratégia tem que ser econômica também. Não se pode errar.
Precisa-se de um Plano Real de combate ao tráfico.
Já se disse que vencer é não ter medo do futuro. Mas, neste caso, a sociedade brasileira ainda tem medo. Vai ser difícil vencer.
resumo para o espaço de um blog,
de um artigo do Blog do Noblat.
