terça-feira, 20 de abril de 2010

Futebol x religião





A foto na parte inferior deste artigo, foi tirada por mim no campeonato do ano passado.
É o glorioso time do Pesqueira Futebol Clube 2009,
que me deixou uma imensa saudade.

Tenho enorme respeito pelas escolhas das pessoas, e mais ainda quando se refere à um assunto sensível como religião.
Mas não deixo de me perguntar até onde podem ir os arroubos característicos da juventude.
Até onde se pode misturar certos assuntos em excesso.

Como eu me sentiria se fosse em um consultório médico ou de advogado e o lugar estivesse cheio de imagens referentes à uma religião diferente da minha?
Isto acrescentaria admiração por aquele profissional?
Ou veria como uma divulgação em lugar e forma inadequados?

Fico um pouco confuso quando não consigo saber exatamente de quem é a página de um Orkut, já que inúmeros jogadores já não têm mais nomes.
São apenas "atletas de Cristo", "Tu és Senhor o que eu preciso para viver", ou nomes semelhantes.
Perderam a própria identidade?
Aos 18 anos já se dissolveram na Divindade?
Místicos dedicados chegam neste patamar na velhice.
Dificilmente!!!

RELIGIÃO vem do latim, RELIGARE, RELIGAÇÃO.
Significando refazer a ligação com o Divino que foi perdida com a saída do Paraíso.
Se fosse para perder a identidade, se anular,
o nome seria ANULARE.
A grafia correta seria ANULAÇÃO,
em vez de RELIGIÃO.

A religião acalma um pouco a enorme energia típica dos adolescentes, em uma carreira profissional que comumente é curta, que não se concretiza em mais de 90% deles, e, na sua alta velocidade e insegurança é um convite ao sexo desenfreado, drogas e vícios em geral.
O conhecido "drogas, sexo e rock and roll" da juventude abastada.

Às vezes o excesso não é produtivo.

O que me levou à esta postagem?
Após o término da rodada do Campeonato Pernambucano de ontem, o comentário de um torcedor do Cabense, que fez um início de torneio brilhante e depois desandou e perdeu a chance quase certa de ir para as semifinais.
Ele dizia que UMA DAS RAZÕES (não a única, claro!) do time ter desandado é que os jogadores evangélicos decidiram colocar o goleiro Marcelo Silva para fora do time, por ele não ser evangélico. O novo goleiro evangélico não acompanhou as vitórias do time.

P.S.: Não consegui confirmar esta notícia no site da Cabense.
Deixei alguns recados entre os torcedores, mas não recebi resposta.
De qualquer maneira, mesmo que o fato não tenha sido exatamente este, a matéria da postagem não era a Cabense, e sim uma mistura (religião x futebol) que pode ajudar, mas também atrapalhar... e muito.

P.S.: Consegui conversar por telefone com Roger, Assessor de Comunicação da Cabense. Ele disse que a informação do torcedor na Rádio Jornal não procede. Que ninguém duvida da grande qualidade de goleiro de Marcelo Silva, mas que ele saiu do time por desavenças pessoais com o novo treinador.