TROCANDO AS BOLAS, (Trading places, 1983) é uma comédia de John Landis, com Eddie Murphy, onde 2 milionários nova iorquinos decidem fazer um "experimento social" e saber como o sobrinho milionário reagiria se fosse transformado em pobretão, e um mendigo virasse milionário. É filme de sessão da tarde e não merece uma reassistida.
Trocando as bolas é também a confusão, que a imprensa e pessoas muito letradas, fazem com certos assuntos. A legislação também não ajuda.
O último a fazê-lo foi o Cardeal Porta Voz do Papa, no Vaticano, quando disse que "pedofilia era um problema ligado ao homossexualismo."
Deduções são sempre perigosas.
Certamente o que ele quís dizer foi um dado estatístico que: "dentro da Igreja Católica, cerca de 60% dos casos de pedofilia estão ligados a padres e meninos."
Mas não foi o que deu a entender.
Se a dedução dele estivesse certa, alguém poderia dizer que, como a maioria dos atos terroristas do mundo atual são praticados por muçulmanos, que "O TERRORISMO É UMA CONDIÇÃO LIGADA AO ISLAMISMO."
Isto foi - e seria - uma enorme bobagem.
A legislação que, em certos assuntos, vive num mundo tão delirante quando o personagem POLIANA, com o seu "jogo do contente", não ajuda no entendimento neste quesito.
Pelo código civil brasileiro, um rapaz de 17 anos e 11 meses, como tantos que todos nós conhecemos, pai de 2 filhos, casado pela segunda vez, com uma ativa vida sexual desde os 13 anos, é colocado no mesmo barco jurídico que uma criança de 10 anos, com os mesmos direitos, e incapaz de decidir quem quer levar para cama e o que vai fazer lá.
Isto se repete na parte criminal onde um rapaz da mesma idade, se tivesse derrubado as Torres Gêmeas e matado 3 mil pessoas, a sua penalidade máxima nestes Tristes Trópicos seria 3 anos de "reeducação."
É tudo uma grande "troca de bolas" que se transforma em dor, quando é algum parente seu que é vítima de uma pessoa que escapará impune, com amparo legal.
Não estou defendendo esta bobagem de diminuir a maioridade penal.
Estou dizendo o que os legisladores ainda não perceberam, que o mundo mudou e já se foi o tempo em que se amarrava cachorro com linguiça.
Alguns países menos abilolados do que o Brasil já caíram na real.
Na Espanha, sexo consentido entre pessoas de mais de 13 anos, não é considerado crime, a menos que inclua uma relação de poder (professor, médico, padre,etc).
Nos Estados Unidos e na Inglaterra uma criança de pouco mais de 10 anos pode ser processada como adulto dependendo dos agravantes do homicídio.
O que importa não é a idade mas a estrutura da pessoa e os agravantes do crime.
Alguns países menos abilolados do que o Brasil já caíram na real.
Na Espanha, sexo consentido entre pessoas de mais de 13 anos, não é considerado crime, a menos que inclua uma relação de poder (professor, médico, padre,etc).
Nos Estados Unidos e na Inglaterra uma criança de pouco mais de 10 anos pode ser processada como adulto dependendo dos agravantes do homicídio.
O que importa não é a idade mas a estrutura da pessoa e os agravantes do crime.