terça-feira, 17 de agosto de 2010

Brendan Marroco, 23.


De espírito intacto, um soldado retoma a sua vida.

New York Times de 2 de junho de 2010.

A revista de domingo do NYT trouxe uma vasta reportagem sobre BRENDAN MARROCO, este bravo soldado novaiorquino de 23 anos, que perdeu braços e pernas no Iraque e agora tenta retomar a sua vida, com o pouco que restou. Ele foi o primeiro veterano das guerras Irã-Afeganistão a perder os 4 membros e sobreviver. Isto aconteceu 15 meses atrás quando uma potente bomba explodiu embaixo do seu veículo militar.

Neste tempo de recuperação, exercícios exaustivos e uma proposição de noivado, à espera da resposta final da escolhida.

Está se preparando para um arriscado duplo transplante de braços.

Agora já são quase 1000 soldados que perderam membros, desde 2001.

E são muitas as perguntas no caso dele: Como poderá se adaptar às exigências da vida diária? O quanto tão potente bomba terá afetado o seu cérebro e o que se manifestará no futuro?

A sua mãe, de 50 anos, mortifica-se: "Fecho os meus olhos e vejo uma cabeça e um tronco. O que poderá ser pior do que isto?"

Seu irmão Michael, de 26 anos, abandonou um bom trabalho no Citigroup para dar assistência em tempo integral ao irmão.

Brendan, considerado por todos um poço de coragem, também tem seus medos. Apesar de já ter feito 14 cirurgias, recusa-se a deixar um dentista repor os 8 dentes que perdeu na explosão.

EU: Resumo de pungente matéria.

Desperta muitos sentimentos.

Dois deles:

1-o absurdo de todas as guerras, especialmente esta começada pelo governo de W.Bush, baseada em 2 mentiras infantis que logo foram expostas: Iraque tinha ligação com Al Qaeda e tinha armas de destruição em massa.

O máximo que acharam de "massa" deve ter sido as padarias da miserável Bagdá. Infelizmente o desmascaramento das mentiras não reverteu a guerra e nem cortou os lucros fenomenais da Indústria de Defesa, salivando com tão grande oportunidade de enriquecer além da conta.

2-o poder de superação do corpo e da mente humana. O cérebro, esta misteriosa máquina que tanto nos afoga num copo dágua, como na depressão, quanto nos eleva aos céus pela fé e pela vontade.