RITA LEE já foi a irmã, a tia, a mãe, e agora é a avó do rock brasileiro.
Nada mais justo.
Nada mais justo.
Aquela lourinha filha de americanos que me deixou boquiaberto na adolescência, enquanto assistia o Festival de Música Popular pela TV e apareceu como parte de OS MUTANTES, defendendo a música Domingo no Parque, com Gilberto Gil. Tudo isto em outubro de 1967.
De lá prá cá foi difícil esquecê-la.
A sua metralhadora giratória que não poupa ninguém, incluindo ela mesma.
Lembro duma entrevista em que ela se esculhambava, quando estava atolada nas merdas de todas as drogas. Era implacável com si própria.
Não perdoava ter dado deslizes tão próximos de mortais.
Está neste fim de semana em Recife e deu mais uma das suas entrevistas antológicas.
Desta vez ao Diário de Pernambuco.
O final da entrevista:
- Qual sua impressão da crise da indústria fonográfica? As questões de música digital e pirataria?
- Felizmente as gravadoras maiores estão na UTI. Seria hipocrisia de minha parte achar apropriação indevida do trabalho alheio, uma vez que baixo de tudo pela net sem pagar um tostão. Os tempos são outros.
- Você afirmou que não volta em Dilma, nem em Serra, nem em Marina. Não há opções?
- Enquanto o voto for obrigatório, nada vai mudar.
- Mas alguém vai ser eleito...
ELA: SIAMMO TUTTI FUDITI.
(Estamos todos fodidos).
Valeu Rita!!!
Lembro no velório de Elis Regina como o teu choro me parecia tão sincero.
P.S.: Segundo o correspondente deste blog em Milano (ah ah ah ), não existe a expressão em italiano. Seria SIAMMO TUTTI FOTTUTI.