Muito corajoso o artigo na VEJA da semana passada, do mais prolífico crítico cinematográfico da história, Roger Ebert.
O título não deixa dúvida:
"POR QUE EU ODEIO O 3D (e você também deveria odiar)."
Entendo que a indústria esteja inconformada com Blu Ray Player chegando em 400 reais e LCDs e LED abaixo de 1000 reais.
Por que não fazê-los multiplicar o preço por 3 ou 4?
Então "inventaram" o 3D pela enésima vez.
3D é uma bela viagem na tela de um cinema IMAX com 180 gráus,
num filme sobre os ursos do Alasca ou a NASA.
Talvez um desenho animado ou um Avatar da vida num cinema comum.
Agora, querer colocar 3D em notebooks, celulares e tampa de banheiro... é apelação.
No estágio atual de tecnologia, o que a maior parte das pessoas sentirão com 3D é enjôo e dor de cabeça.
Um vexame !!!
Parece coisa tão estúpida como quando Hollywood decidiu colorizar todos os filmes clássicos para agradar a parcela imbecilóide do público americano que não suporta filmes preto e branco e legendados.
Felizmente a idéia maléfica durou poucos meses.
A maior parte das coisas da vida não precisa sequer de 2 dimensões, quanto mais de 3.
Um bom livro de Guimarães Rosa ou Proust, não acrescenta um grama de importância se alguém lançar em 4 dimensões.
99% dos fatos da vida só necessita de 1 dimensão, esta sim, essencial:
a dimensão da reflexão, do envolvimento e do entender.
Esta é a grande prejudicada nesta nossa Era de Distrações.
Um cérebro que só necessita 10 milhões de estímulos por segundo, agora tem 100 milhões. E a vida tomou a profundidade de um copo de água, até nos sentimentos. Que pena!!!
Arreda, 3 D !!!