Em nome dos que choram, dos que sofrem
E de noite se amarram à revolta
Em nome dos que vivem e que morrem
Com grades e prisões à sua volta
Em nome dos que sonham com palavras
De amor e paz que nunca foram ditas
Em nome dessas mãos que foram escravas
E hoje são apenas mãos aflitas
Em nome dos que pedem em segredo
A esmola que os humilha e os destrói
E devoram as lágrimas e o medo
Quando na solidão a fome dói
Em nome dos que achaste mas perdeste
Do louco, do mendigo, do imundo
Em nome dos teus filhos que esqueceste...
Filho de Deus que nunca mais nasceste
Volta outra vez ao mundo!
Em nome dos teus filhos que esqueceste...
Filho de Deus que nunca mais nasceste
Volta outra vez ao mundo!