segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Brasil da decepção: internet e entregas.




O Jornal da Globo fez uma reportagem sobre o comércio americano de fim de ano... e matou todos os consumidores brasileiros de inveja.
A cidadania nacional é primitiva.
Quando uma rua de minha cidade é incluída no sistema de esgoto, a população fica tão agradecida que coloca faixas e se torna eleitora eterna do político que "conseguiu"aquela façanha. Ninguém associa aquela obrigação do Estado com os bilhões de impostos que pagamos.
No inconsciente aquilo não deixa de ser um FAVOR.

O repórter da Globo faz uma compra de almoço pronto numa loja da internet que fica a mais de 2 mil quilômetros de Nova Iorque, onde ele está.
O isopor com gelo sai no mesmo dia e 2 dias depois, conforme o combinado, ele recebe o seu almoço daquele dia no trabalho.

Isto tudo pelo correio nacional.
O correio brasileiro é um dos mais caros do mundo (o frete de um livro de mesmo peso é 3 vezes maior do Paraná para Pernambuco do que da França para Pernambuco e, às vezes, o da França chega primeiro).
O incentivo para deixar de fazer compras pela internet no Brasil, é imenso.
Você não sabe se recebe e nem quando recebe.
Compras de outros países podem demorar 3 ou 4 meses, nos diversos gargalos do sistema.
Têm toda razão certos vendedores do site EBAY que avisam de chofre: não despachamos para Afeganistão, Iraque, Botswana e Brazil !!!!

Quando vamos ter um país que incentive o comércio mais do que Bolsas Família,etc, se o país pudesse produzir sem tantos impostos e tanta ineficiência?
Imagino que nunca.

Poderia adaptar uma frase de um economista:
"Deus gosta muito dos pobres.
Por isto criou tantos deles."

Diria:
"Os políticos brasileiros gostam muito dos pobres.
Por isto que fazem tanto esforço para que eles nunca deixem de ser pobres."

O crescimento global do Brasil e do seu povo nunca foi prioridade de nenhum governo.

Para o botequim da esquina uma carga insuportável de burocracia e imposto. Para os bilionários negócios de Eike Batista, o banco do povo brasileiro, o BNDES, empresta dinheiro em condições de pai para filho.
Que graça !!!