terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Brasil 2011: Fome? zero. Educação? também, zero.



Países que enriqueceram trilharam caminhos diferentes:

1 - Europa em geral: o povo tinha uma educação não escolar.
Açougueiros napolitanos cantando óperas de Caruso ou gondoleiros de Veneza desfiando o Sole Mio não são figuras de cinema. São realidade.
Povos que têm consciência política. Operários alemães e italianos difundiram o socialismo e o comunismo no resto do mundo.
Quando o dinheiro chegou para os pobres, eles melhoraram suas casas, fizeram poupanças robustas (como no Japão) e diminuíram a desigualdade social (um diretor sueco ganha só até 3 vezes o que ganha o operário).

2 - EUA, e agora Brasil:
sem poder de reflexão, sem cultura popular, sem consciência política e sem visão social, desandaram no consumismo.
Fundaram o mundo da fantasia e da jogatina.
Las Vegas, Atlantic City e as apostas em Bolsas de Valores são exemplos.
O cassino oficial brasileiro também é notório.
Senas, quinas, quadras, lotomanias,etc.
Diretores de grandes companhias ganham milhões de dólares de bonificação, enquanto demitem milhares de operários e levam empresas à bancarrota.
A norma deixou de ser "Eu posso, mas... eu preciso?" para "EU POSSO, EU TENHO."

2 resultados trágicos desta atitude:
1 - Posso colocar todo dia no almoço, em cima da minha mesa, uma garrafa de 2.5 litros de Coca-Cola. Então eu o faço.
Agindo como jovens, incapazes de planejar um futuro, o resultado é a obesidade epidêmica, e a vida adulta encurtada e resumida a estadias sequenciais em hospitais.

O segundo exemplo é a disseminação e as loucuras das motos.
Já é ocorrência semanal em Pesqueira, acidentes com vítimas fatais.
Se eu posso dar uma moto ao meu filho em 60 prestações, mesmo que ele seja de menor, mesmo que ele não tenha se mostrado responsável, eu dou.

Difícil dizer quantos milhares de jovens terão de morrer antes que alguém faça alguma coisa mais efetiva do que multas de trânsito.
Não tenho a menor idéia.
A sociedade, como um todo, somente entra em transe e num luto sem respostas...
até a próxima tragédia.