O povo brasileiro saúda com enorme alegria a presença do Presidente Barack Obama no nosso país.
Não temos nenhuma ingenuidade.
Somos velhos o bastante prá não sucumbir à maior parte das ilusões da vida.
Mas é impossível não distinguir a abissal distância que separa uma administração ética e com uma visão global de Obama, dos conchavos de grandes empresas de máquinas de guerra que pautaram o inclassificável governo de W. Bush.
A presença de pessoas com Hillary Clinton no governo é uma demonstração da qualidade do trabalho a fazer.
Sabemos que ninguém chega na posição de Obama sem milhares de acordos e concessões.
Ninguém conseguiria os milhões que uma campanha vitoriosa demanda sem deixar para o futuro alguns planos que incomodariam alguns setores poderosos.
Se trata do antigo entregar os anéis para conservar os dedos.
Seria melhor não ceder um milímetro de idéias pessoais e não vencer a eleição e ficar em casa churumingando?
Ou é melhor vencer e tentar realizar o possível?
Não tenho dúvidas sobre a segunda opção.
O povo americano é um bravo povo de pioneiros.
Não deixaram de ser imperialistas.
Ainda gastam uma fatia desproporcional das riquezas do mundo.
(Li esta semana que se China e Índia quiserem ter o padrão de consumo energético que os americanos têm HOJE, teriam que construir, até 2020, 3 centrais nucleares POR DIA !!!
Somos todos humanos.
Somos todos irmãos.
E Obama significa a possibilidade de mais passos em direção a esta utopia que está entranhada no DNA de cada ser humano.
Não estamos aqui para conquistar, para matar uns aos outros, para dominar.
Estamos aqui para repartir, para ter felicidades, para amar.
Esta é o nosso maior sonho como espécie.
P.S.: Na ilustração o desenho que Maurício de Souza, criador de Monica e Cebolinha, postou em seu twitter ontem. Aproveita o famoso cartaz da campanha de Obama, criado por Shepard Farey.