segunda-feira, 14 de março de 2011

A súbita riqueza dos banqueiros nacionais.




A coluna de Elio Gaspari explicou ontem qual tem sido a ideologia econômica do Brasil na última década (Lula e FHC).
Encaixa direitinho a idéia de que a política financeira de um ministério comandado por altos funcionários de bancos desemboca (advinhem onde?) nos próprios bancos.
Algumas migalhas vão para o "TUDO PELO SOCIAL" mas o grosso do dinheiro é arrecadado pela banca, com seus lucros que não param de bater recordes.
É o Brasil que, em vez de transferir as riquezas do país para seu povo, transfere para os banqueiros.

Entre os 10 bilionários mais ricos do mundo, 8 lidam com produtos e apenas 1 grupo de herdeiros.
Dos 30 mais ricos da Rússia, 20 lidam com produtos.
Da Índia 23 de 30.
Da China todos os 30.

O Brasil escolhe combater a inflação com os maiores juros da Terra. Os bancos são os grandes beneficiários desta política.

Dos 30 bilionários brasileiros só 13 lidam com produtos.
Impressionantes 15 são do sistema financeiro.
Dos quais 9 são herdeiros.
Ou seja, pessoas que não precisaram fazer nada, a não ser ver o seu cofrinho engordando com os generosos juros.
A política de Pindorama é semelhante a um endividado do cartão de crédito que decidisse baixar sua fatura aumentando os juros da própria dívida.
Pode até inibir um pouco seus gastos tresloucados, mas é um tiro no próprio pé.
O combate à inflação de um país passa pela diminuição dos gastos públicos e foi isto que não aconteceu.

A cada mês a arrecadação de impostos alcança novos patamares. E, apesar disto, a cada semana algum político quer lançar novos impostos para a saúde, ou para outras coisas. Nada será suficiente para a ganância de quem quer transferir toda a riqueza do país para os banqueiros.

P.S.: O título da matéria foi copiado de um filme alemão de 1971, AS SÚBITAS RIQUEZAS DOS POBRES DE KOMBACH. Aldeões pobres decidem assaltar um coletor de impostos. Sua alegria com a súbita riqueza vai acabar em problemas e punições.
É semelhante ao que espera o Brasil no futuro.
A riqueza dos banqueiros brasileiros nada tem de súbita.
É um modelo estudado de concentração de renda.
O tal bolo que nunca está -nem estará- pronto para ser repartido.