quinta-feira, 30 de setembro de 2010

James Byron Dean, 17,59 horas, 30 de setembro de 1955, Paso Roble, estrada de Salinas, Califórnia.



55 anos atrás, num por de sol californiano, o crepúsculo atrapalha a visão de Donald Turnupseed, num cruzamento de estrada, e seu carro bate quase de frente com o Porsche 550 Spyder, prateado, que James Dean comprara no dia anterior.

Na traseira do carro uma pequena pintura e 2 palavras: LITTLE BASTARD, (Pequeno filho da puta) que era como os chefões dos estúdios lhe chamavam, por sua rebeldia.

O ator de apenas 24 anos quebra o pescoço, balbucia uma frase ("Aquele motorista deveria ter parado o carro dele!!!") e morre.

Foram só 16 meses em Hollywood e apenas 3 filmes:
"Juventude Transviada",
"Vidas Amargas" (que foi lançado no dia do seu funeral)
e "Assim caminha a humanidade",
que ainda estava em produção
e só foi lançado no ano posterior.

O bastante para se tornar um ícone mundial e eterno.
Na véspera da morte tinha assinado o primeiro contrato de ator em Hollywood a quebrar a casa do milhão de dólar.
Foi o primeiro a ser indicado para Oscar post morten.
O que se repetiu no outro ano, sendo até hoje o único a ser indicado 2 vezes post morten.

Atuações perfeitas, memoráveis e inesquecíveis.
A cena em que, bêbado, faz um discurso, num auditório vazio, em "Giants" entra em qualquer antologia das melhores cenas do cinema.
Deveria ser considerado crime a divulgação destes 3 filmes dublados em qualquer outra língua que não o inglês.
A voz dele, mais do que em qualquer outro ator, é parte fundamental da interpretação.

Foi enterrado em Fairmount, Indiana, onde moravam os tios que o criaram.
A sua mãe morreu de câncer quando ele tinha 9 anos.
Muitos vêem nesta sua perda, nunca resolvida, a sua rebeldia.

Sua marca ainda arrecada milhões, em mídias diversas, a cada ano.
Descansa em paz, James!!!


quarta-feira, 29 de setembro de 2010

SEGUNDO TURNO JÁ!!!



Mesmo que você queira Dilma

presidente,vote em Marina ou

Serra no primeiro turno.

O Brasil merece a continuação

do seu debate político.

Para nos mostrar a grande

Democracia

que somos e podemos ser.

3 questões sobre Lula e o lulismo:

1 - Entre os candidatos atuais, se Lula fosse candidato, eu votaria nele.
Todos se decepcionaram com o messianismo de Lula, o nível de corrupção nas altas esferas do governo, a política externa aninhada de aloprados perdidos no espaço e o autoritarismo nada democrático existente. Mas, para mim, o balanço, ainda assim, é muito positivo para estes 8 anos de governo.

2 - a imprensa reagiu com exagero às bravatas do presidente. Mas, eu entendo. Depois de ser massacrada na Ditadura Militar é compreensível. É o exagero de alguém que visse o seu filho ou mãe ameaçados.

3 - um dos pontos que mais me orgulho de Lula é ele não ter cedido à tentação do terceiro mandato. Os adversários hoje querem se passar por puras vestais. Mas ninguém pode esquecer que Sarney e FHC transformaram o Brasil em um grande balcão de negócios para aumentarem os próprios mandatos (Sarney em 1 ano e FHC em 4 anos).
Isto foi mais antidemocrático do que qualquer frase boba que tenha saído da boca de Lula, em um dos seus rompantes discursos.


terça-feira, 28 de setembro de 2010

Gênios? Sim. Mas não em todo o cérebro.



Impressiona bastante a genialidade de alguns seres humanos, que ao mesmo tempo carregam pesadas bobagens, quando fora do seu assunto natural.

O comportamento infantil e irresponsável de Mozart não foi apenas uma invenção de AMADEUS. É comprovado por muitos que o conheceram.

O profundo mau caráter de RICHARD WAGNER é antológico. Metido em toda forma de baixeza, incluindo o roubo sentimental de várias mulheres de seus patrocinadores.
Enquanto isto fazia um templo de música divinal, cheia de beleza, espiritualidade e compreensão humana.

Dos mais recentes, é iconográfico o enredo pessoal de Michael Jackson.
De menino pobre na deslocada Gary, Indiana, para a construção de uma obra inesquecível e uma fortuna avaliada em mais de bilhão de dólares.

Ao mesmo tempo, a estupidez de, em vez de se internar em uma clínica de reabilitação ou consultar um médico especialista em sono, às centenas em Los Angeles, acha melhor contratar um incompetente que lhe aplica em casa o PROPOFOL, uma bomba atômica médica, que só pode ser usada em salas de cirurgias. E ainda chamava esta droga de "meu leitinho".

É estupidez demais!!!

Amanhã a matéria será sobre um destes gênios maravilhosos e contrastantes com quem nos deparamos a cada semana: FASSBINDER.


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Pesquisas e insanidade são uma mesma matéria.



Só uma civilização maluca como a nossa, pode se dar ao luxo de perder tempo fazendo certo tipo de pesquisa.

Não estou falando de pesquisa eleitorais ou censos demográficos.
Nestas a maioria das questões são objetivas e fáceis de definir.

Refiro às pesquisas sobre felicidade, sensação de segurança, e bobagens afins.

Certo dia acordei com um tremendo mau humor, como ocasionalmente acontece (mais ocasionalmente do que eu gostaria).
Parecia uma chatura ímpar sair da cama e ir me organizar prá trabalhar.
Então um rouxinol cantou na minha varanda.
Lembrei da linda história de Andersen... e tudo clareou.
A vida ficou boa, de repente.

Se um estudioso tivesse me consultado no início, teria uma bruta desilusão com a humanidade.
5 minutos depois, tudo estava azul.

Resumo: certos assuntos pouco objetivos não podem ser avaliados.

Quando estas pesquisas são brasileiras, aí você não sabe se rir ou se chora.
É Samba do Crioulo Doido total.

Ano passado saiu uma pesquisa sobre a felicidade.
As regiões do país onde as pessoas se sentiam mais felizes eram exatamente os bolsões de misérias, que não são poucos.
Os lugares sem água encanada, sem saneamento, sem saúde pública, com altos índices de criminalidade, com doenças que foram extintas na Idade Média, causadas por todas estas deficiências.
Eram nestes lugares que, inacreditavelmente, estavam as pessoas mais felizes.

Isto tudo para rir da pesquisa que o IPEA anunciou na semana passada e que divulgará nesta segunda-feira, 27 de setembro.

Segundo ela,
OS DESEMPREGADOS BRASILEIROS SÃO MAIS OTIMISTAS COM A SITUAÇÃO FINANCEIRA DA FAMÍLIA DO QUE OS EMPREGADOS.

Daqui a pouco sairá outra dizendo que os portadores de câncer no Brasil são mais otimistas com a própria saúde do que as pessoas que não estão doentes.

E por aí vai...
INSANIDADE TOTAL.

domingo, 26 de setembro de 2010

Ute Lemper



sábado, 25 de setembro de 2010

Brasil sob ataque: a liberdade de imprensa não nos será roubada.



Este texto é tão importante, que desconstruo todas as normas deste blogue, de ilustração, de não copiar matérias de outros lugares só disponíveis para assinantes, etc,etc.

O artigo do editor do Jornal do Commercio de Recife, IVANILDO SAMPAIO, nesta sexta-feira, me tocou a fundo.

A imagem de bandidos travestidos de sindicalistas, reunidos na mesma sala onde jornalistas choravam no ombro de Dom Evaristo Arns ao receberem a notícia que Vladimir Herzog tinha sido assassinado pela ditadura, por causa da liberdade de imprensa, é CONTUNDENTE.

Evidentemente não são bandidos porque são sindicalistas, mas por quererem grandes MARCHAS PARA A FAMÍLIA, como a direita brasileira organizou para derrubar Jango, com a finalidade de roubarem o bem mais precioso que um país tem:
A LIBERDADE DE IMPRENSA.


Parabéns ao JC e seu fantástico editor chefe.


UMA AMEAÇA REAL


Ivanildo Sampaio

Quando o corpo do jornalista Vladimir Herzog apareceu enforcado nos porões do DOI-Codi, órgão de repressão do II Exército, após ter sido vítima de uma longa e desumana sessão de torturas, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo, tendo à frente o digno e corajoso presidente Audálio Dantas, iniciou uma brava e penosa jornada de protesto, que reuniu não apenas os colegas paulistas, mas se espalhou com um rastilho de pólvora por todas as redações do País. Movimento de protesto que reuniu, num manifesto, 1004 assinaturas de jornalistas de todo Brasil, denunciando aquela ignomínia que se consumava, sob o manto da mentira que vestia as versões oficiais e a indiferença de uma minoria silenciosa que só acompanhava de longe aquele tempo de escuridão. Jornalistas foram presos, torturados, exilados, muitos perderam o emprego e a saúde – mas havia sempre a esperança de que a liberdade cairia sobre nós.

No próximo dia 25 de outubro, daqui há um mês e dois dias, portanto, completam-se 35 anos daquela manhã trágica de sábado – quando a Nação impotente testemunhava mais uma morte provocada e promovida pela ditadura. Jornalistas de minha geração, que viveram aqueles tempos conturbados, lembram bem o clima de terror que pairava sobre cada redação, o medo que todos tinham da presença do censor que acintosamente se misturava com os profissionais da casa, o cuidado que se tinha para não desrespeitar as instruções proibitivas, que compreendiam desde a citação do nome de Dom Helder Câmara até uma simples música de Chico Buarque ou Geraldo Vandré. Mas, apesar de todo esse clima de terror, houve resistência: nasceram, lutaram e morreram os jornais e revistas da imprensa alternativa, entre os quais “Movimento”, “Opinião”, “Ex”, “Pasquim” e outros – pois “quanto mais escura é noite mas reluz o santelmo”, para lembrar uma frase de Andrade Lima Filho.

O presidente da República, um operário que foi vítima da intolerância daquele tempo, que cresceu como líder sindical exatamente porque houve, na imprensa brasileira, quem desafiasse a censura para divulgar o movimento classista que nascia no ABC paulista, esse presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, outra coisa não tem feito, nos últimos tempos, do que atentar contra a existência de um jornalismo livre, independente e crítico, como compete a qualquer democracia. O destemperado de Sua Excelência e dos áulicos que o incentivam geraram críticas contundentes de instituições como a Ordem dos Advogados do Brasil, a Associação Nacional de Jornais e, por último, da Sociedade Interamericana de Imprensa, mas parece que não bastaram para libertar o presidente de sua insensatez.

No entanto, o maior desrespeito à memória de Vladimir Herzog, nestes 35 anos de seu calvário – e de outros que morreram em nome da democracia – ninguém duvide, foi a utilização das dependências do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo para acobertar mais uma violência contra a imprensa livre. Lá, naquele mesmo espaço onde o Cardeal Paulo Evaristo Arns consolava companheiros e uma diretoria consciente de suas responsabilidades perante a História – à frente Audálio Dantas, Fernando Pacheco Jordão, Paulo Markun e outros – não se curvava diante dos poderosos de então – sentam agora dirigentes de centrais sindicais convocados pelo PT, idealizadores de uma manifestação contra a mídia. Têm como parceiros menores representantes da UNE, que hoje engorda seu caixa com verbas oficiais, e partidos políticos incondicionalmente aliados ao governo.

Foi assim que tudo começou na Alemanha hitlerista e na Itália de Mussolini: o amordaçamento ou a cooptação da imprensa, com o fechamento dos poucos veículos que ainda insistiram em resistir. É uma história muito triste. E todos sabemos que a história só se repete como farsa.

» Ivanildo Sampaio é diretor de Redação

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Meu filho



Recusa o cárcere e a mordaça

galopa vencendo terra e espaço

filho meu, inventa a liberdade!


Orlando Caetano

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Oprah



Programas de auditório e talk shows de países ricos, mesmo em crise, são bem diferentes dos demais.
Poucos dias atrás OPRAH WINFREY fez a estréia de sua temporada 25, que está anunciada como a última.

Convidou pessoas que fizeram sucesso no programa e deu a TODAS as 300 pessoas presentes no auditório, uma viagem de 8 dias para a AUSTRÁLIA, para assistirem um programa especial que vai acontecer na Ópera de Sidney.

Gesto de gente fina...
e produção muito, muito, endinheirada.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ciudad Juárez, o lamento.



Inacreditável, comovente, patética e humilhante.
São os sentimentos que tive ontem, lendo o editorial de "EL DIARIO", de Ciudad Juárez, uma das maiores cidades do México.

O editorial se chama

" O QUE QUEREM DE NÓS? "

Pede orientação aos traficantes de como os jornalistas deveriam se comportar, para evitar mais assassinatos deles.

Abaixo o início do editorial.
Como é um texto grande, que não cabe aqui, o restante, traduzido, pode ser acessado no link da Folha, no fim da matéria.

Senhores das diferentes organizações que disputam o controle de Ciudad Juárez: a perda de dois repórteres desta empresa em menos de dois anos representa prejuízo irreparável para todos que aqui trabalhamos, e em especial para as famílias de ambos.

Gostaríamos de informá-los de que somos comunicadores, não adivinhos. Portanto, como trabalhadores da comunicação, queremos que nos expliquem o que querem de nós, o que pretendem que publiquemos ou deixemos de publicar, para que saibamos a que nos ater.

No momento, os senhores são, na prática, as autoridades desta cidade, porque o poder constituído não foi capaz de fazer coisa alguma para impedir que nossos companheiros continuem a ser abatidos, apesar de nossas reiteradas exigências.

É por isso que, diante dessa realidade irrebatível, nos dirigimos aos senhores com essa pergunta, porque o que menos desejamos é ver outro de nossos colegas cair vítima de seus disparos.


terça-feira, 21 de setembro de 2010

Louras




Loura chega ao hotel de luxo, em Manaus.
Calor sufocante.
Ela abre a janela.

Os mosquitos começam a entrar.

Liga para a recepção e reclama:
- Boa noite. Está muito quente e abri a janela.
Os mosquitos entraram no quarto e estão me incomodando.

Respondem:
- Se desligar as luzes do quarto, irão embora.

Ela assim o faz.
Os mosquitos desaparecem.

Depois de um tempo, começam a entrar vaga-lumes...

Liga para a recepção reclamando.
O atendente pergunta o que acontecera.
Responde:
- Não adiantou desligar as luzes.
Os mosquitos voltaram com lanternas.....

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Il silenzio



Melissa Venema, de 14 anos, desconstrói a nossa idéia de que trompete é para ser tocado por negros jovens de imensa caixa torácica.

Toca IL SILENZIO, de Nino Rosso, com Orquestra de Andre Rieu

domingo, 19 de setembro de 2010

Erenice Guerra e o humor


A demissão da Ministra da Casa Civil, ERENICE GUERRA, na prática a pessoa mais próxima do Presidente Lula (que continua afirmando que "não sabia de nada"), despertou o humor da imprensa brasileira.

Joelmir Beting disse que além da tradicional acusação de FORMAÇÃO DE QUADRILHA que é feita a muitos criminosos, agora existe uma nova modalidade:
FORMAÇÃO DE FAMÍLIA !!!

José Simão criou uma piada cheia de crueldade e com diferentes leituras:

A menina Erenice Guerra pede à sua mãe:
- MAMÃE, EU QUERO IR PRO ZOOLÓGICO.

E a mãe:
- Não, minha filha.
Se eles quiserem lhe ver, que venham aqui em casa.

P.S.: Formação de quadrilha, digo FORMAÇÃO de FAMÍLIA, sempre foi a regra da política brasileira, mas agora exageraram.
Goes, ex-governador e candidato a senador, agora preso, no Amapá, empregou 60 parentes nos cargos chaves do governo.

Pedro Dias, governador atual, também preso, não perdeu tempo:
1 - Denise Carvalho, esposa, Secretaria de Inclusão Social
2 - Solangelo Fonseca, cunhado, chefe de gabinete desta secretaria
3 - Benedito Dias, irmão, secretário especial.
4 - Eupídio, seu irmão, Secretário de Saúde
e por aí vai, numa lista inacabável...
e, para completar o humor,
inafiançável.

sábado, 18 de setembro de 2010

CALLAS




"Uma ópera começa
muito antes da cortina se abrir
e termina muito depois que ela fecha.

Principia na minha imaginação,
torna-se minha vida
e continua parte dela
muito depois de sair do palco."

Maria Callas

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Callas, 33 anos sem Maria: "No palco eu estou na escuridão".



17 de setembro de 1977.
Meio dia e meio.
Apartamento 105.
36 Avenida Georges Mandel.
Bairro 16, Paris.
Outono.

Bruna e Ferruccio, os 2 funcionários, não podem atender o telefone.
Plixie e Gedda, os 2 cachorrinhos, estão inquietos.
A patroa está estendida no chão do banheiro, de braços abertos.
Acordara se queixando de tonturas
e fora ao banheiro.
O médico chega logo depois.

Em cima da cama descansa sereno
o corpo da maior estrela de todos os tempos:

MARIA CALLAS.

Soprano americana, filha de gregos.
53 anos de vida e um legado artístico que vai durar milênios, enquanto existir humanidade e bom gosto.

Não foi a melhor cantora lírica.
Sua carreira durou ridículos 18 anos.
Em comparação, Plácido Domingo tem mais de 50 anos de atividade no palco.

O que ficou eterno foi seu timbre de voz, sua disciplina para alcançar a perfeição, sua interpretação rasgante e a combinação em gráu máximo de tudo que uma intérprete lírica precisa ter no palco.

Se eu encontrasse uma lâmpada mágica e me aparecesse um gênio, tipo Aladim, e ele me perguntasse o que eu queria ver antes de morrer, eu não teria dúvida.
Queria ver a ópera NORMA que Callas cantou pela primeira vez em 30 de novembro de 1948, no Teatro Communale de Florença.
UM palco que beijei quando lá estive.

Depois... eu poderia morrer.
ah ah ah


Moeda de ouro e prata, de 10 euros, lançada pelo governo grego, em 2007, para comemorar os 30 anos da morte de Maria.



quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Onde você coloca o seu sal ?



O Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão de sal em um copo de água e bebesse.
-Qual é o gosto?
-Ruim - disse o aprendiz.

O Mestre sorriu.
Pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.

Os dois caminharam em silêncio e
o jovem jogou o sal no lago.
Então o velho disse:
- Beba um pouco dessa água.

A água escorria do queixo do jovem
e o Mestre perguntou:
- Qual é o gosto?
- Bom, disse o rapaz.
- Você sente o gosto do sal?
- Não.

O Mestre então, sentou ao lado do jovem,
pegou suas mãos e disse:
- A dor na vida de uma pessoa não muda.
Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos.

Quando você sentir dor,
a única coisa que deve fazer é aumentar
o sentido de tudo que está à sua volta.
Dar mais valor ao que você tem,
do que ao que você perdeu.


DEIXAR DE SER COPO.

TORNAR-SE LAGO.


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Fique ao meu lado

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A Paris perigosa.



Existem 2 PARIS.
A conhecida é a dos turistas.
A segurança é perfeita, apesar de Ruth Escobar, empresária de teatro, ter sido esfaqueada e roubada na saída de um dos hotéis mais caros.

A outra Paris é a de raros documentários, e a do filme O ÓDIO (La Haine), de Mathieu Kassovitz.
A realidade dos filhos dos imigrantes (os pais se adaptaram com mais facilidade) que não puderam acompanhar as ondas de farturas da juventude francesa original.
São tão franceses quanto os franceses, mas a sua pele, o seu nariz de árabe norte-africano os coloca em diferentes lugares.

A explosão desta Paris espera apenas uma faísca.
Como em 2005 quando 2 adolescentes perseguidos pela polícia foram eletrocutados numa cerca, dando início a semanas de protestos nas ruas, milhares de carros queimados, e muitos feridos dos 2 lados.

Nenhum estrangeiro é aconselhado a visitar esta Paris, sem estar bem acompanhado. Você será assaltado, o seu carro estacionado será roubado, sendo isto o mínimo que pode lhe acontecer.
Crack e heroína são tão populares quanto padarias.

É uma pena que a rica e charmosa sociedade francesa não tenha conseguido integrar os seus imigrantes, que lhe trouxeram problemas mas também muitos pontos positivos.

O limite das duas é a GARE DU NORD, uma imensa estação de trem e metrô, que tem 100 policiais permanentes e 600 câmeras de vídeo, sinalizando as precauções da eficiente polícia francesa para a faísca não desandar em bagunça geral.

Integração de imigrantes, especialmente dos que não querem se integrar, é assunto muito espinhoso. Mas, certamente o futuro amenizará isto, como em outros países, como os Estados Unidos.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Funeral do Cardiologista





Cardiologista famoso morre.
Funeral pomposo e presença de muitos médicos.

Um enorme coração, rodeado de coroas de flores, permanece atrás do caixão...durante o velório.

Depois das palavras do Padre, o coração se abre e o
caixão entra automaticamente no enorme coração, emocionando a todos.

O coração se fecha, levando o médico para SEMPRE.

Um dos presentes explode em gargalhada,
causando surpresa e indignação.

Questionado por que ria, explica :
- Desculpem-me... Por favor, desculpem-me....
Só estava pensando como seria o meu funeral....
EU SOU GINECOLOGISTA!

NESTE MOMENTO,

O PROCTOLOGISTA DESMAIOU.

domingo, 12 de setembro de 2010

Orlando Caetano




rubras rosas em botão

numa tênue claridade

eu deponho em tua mão


Poetrix
Leiria, Portugal.

sábado, 11 de setembro de 2010

"OS" Onze de Setembro. Diga 10 palavras ou ganhe 1 trilhão de dólares: VOCÊ DECIDE!



É uma crueldade do destino que 2 acontecimentos tão terríveis tenham caído no mesmo dia:
1 - o desabamento das Torres Gêmeas, em 2001.
2 - O golpe do Chile, em 1973.

Fatos da Comissão de Inquérito do Congresso Americano :
1 - setores de inteligência sabiam que os EUA poderiam ser atacados por aviões, transformados em bombas, contra edíficios.
2- havia um relatório sobre isto na mesa de Bush e de Condoleza.

FICÇÃO:
No meio termo destes desencontrados documentos alguém decidiu que era melhor não dizer uma frase de 10 palavras que teria anulado todo o esforço dos terroristas e só foi ordenada minutos depois dos ataques.
Se dita a ordem, o orçamento da Defesa não teria subido prá mais de 1 trilhão de dólares. O impacto na opinião pública teria sido mínimo.

Será que alguém, em algum momento, pensou: Digo esta frase ou recebo tanto dinheiro para os meus patrocinadores???
A história dirá, se sim ou se não.

A FRASE:

"NÃO ABRA A PORTA DA CABINE

DO AVIÃO PARA NINGUÉM".

Não teria evitado o Golpe sangrento do Chile, feito pelo "exército mais legalista da América do Sul". kkkk. Existe isto?
Mas teria evitado o horror de 11 de setembro de 2001.

O Palácio Presidencial, La Moneda, bombardeado pelos "legalistas" da Aeronáutica chilena.
O Presidente Allende estava dentro e lá morreu.
Era uma bela democracia mas uma capenga estrutura econômica.
O melhor filme sobre o assunto é MISSING, Desaparecido, de Costa Gavras.


sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Larry Rohter tem novo livro: Brasil em crescimento.



Sou fã do LARRY ROHTER desde antes da criação do mundo.
Ele é o amigo doce e culto que sempre sonhei ter.

Ex-correspondente do New York Times no Brasil, em 2004 protagonizou, involuntariamente, um dos maiores vexames da história republicana.
A Intelligenzia de Brasília pensou ter acordado de farda verde-cana e em Havana, e decidiu expulsá-lo do Brasil, por ele ter escrito uma matéria que muito ajudou o país, externando as preocupações com a quantidade de álcool ingerida pelo nosso querido presidente Lula.

Algumas horas depois alguém acordou de que não estávamos mais na ditadura militar e a proposta foi revogada.

"Deu no New York Times", o seu livro anterior, está na minha cabeceira, desde que foi lançado. Agora que o preço baixou de 40 para 9 reais, comprei uma carrada para dar de presente.

Agora lançou nos EUA "Brasil em ascenção".
Ele apareceu no Manhattan Connection.
Simpático, ponderado, culto e versado nos mais diversos assuntos, foi uma alegria vê-lo.

O novo livro exalta as conquistas econômicas brasileiras nos últimos 16 anos, e vê com otimismo o que virá. Diz que o Brasil não é "o país do futuro", mas certamente será "um dos países do futuro".
O venenoso Diogo Mainardi relembrou que a última pessoa que disse que o "Brasil era o país do futuro", o escritor austríaco Stephan Sweig, que viveu alguns anos por aqui, acabou por matar a mulher e se suicidar em seguida.

O que me deixou de queixo caído foi ele dizer que o principal problema brasileiro era o PROBLEMA RACIAL.

Desde que comecei a ler Karl Marx com 5 anos de idade (ah ah ah) sempre imaginei que o problema brasileiro era a desigualdade de renda, numa Sociedade de Classes.

O Brasil tem 4 classes:
1 - os pobres
2- os pobres que pensam que são ricos
3 - os ricos que não aceitam que são ricos
4- e os ricos.

O resto é balela!!!
A classe média que já não existia, foi explodida no governo de FHC e Lula.
A melhora da distribuição de renda foi feita tirando o dinheiro da classe média e dando aos pobres.
Os super-ricos, como Eike Batista, que apareceu no Roda Viva desta semana, e os bancos, multiplicaram seu cofrinho à todo vapor.