segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Eu odeio guerras



Não consigo ser um jornalista "moderno".
Sequer compactuo com o desejo de neutralidade que é apregoado aos candidatos a analista e repórter. Não escondo meus sentimentos, em nenhuma parte da vida.
EU ODEIO GUERRAS.

Só deveriam existir nos épicos adocicados de Hollywood e nos videogames, prá quem gosta.
Eu já enjoeei de vídeo games desde o Pac Man do Atari.

Jamais consegui ver guerra como um lugar de heróis.
GUERRA É UM LUGAR DE COVARDES.
Estou falando, evidentemente... dos que ficam em casa (os políticos e os seus filhos).

Se fosse esta maravilha que os políticos vendem, quando querem dar lucros bilionários às indústrias de mísseis, carros militares, etc, eles deveriam dar o bom exemplo.
Não é para servir à pátria e à democracia?
Então vou acreditar e apoiar a guerra.
Na linha de frente de batalha, os mais capazes e mais interessados em "servir ao seu país": os políticos, presidentes, senadores, deputados... e seus filhos.
Nenhum assina o ponto, quando o quesito é correr riscos "pela democracia".

São sempre os pobres que morrem nas guerras.

Mas toda esta introdução é só para observar como mudou nestes últimos anos, a maneira de começar e terminar guerras.

Num assunto tão sério, é ridículo, como agora no Iraque, que ela comece baseada em 2 enormes mentiras (armas de destruição em massa e ligação com Al Qaeda) e acabe por decreto, numa semana em que carros bombas mataram centenas.

Nos bons filmes épicos, as guerras acabavam com rendição.
Agora, como aconteceu no Vietnam, os Estados Unidos decidiram que a guerra tinha acabado ... e que eles tinham sido vitoriosos!!!!
Não importando se a razão principal, os comunistas do Vietnam do Norte dominarem o corrupto Sul, ia se realizar.
Prá que ligar para detalhes?

Iraque confirmou que guerra é uma grande e patética comédia e com um enredo mixuruca... sobretudo prá quem não perdeu o pescoço debaixo de bombas e tiros.

P.S.: A fotografia é do monumento às mulheres mortas na guerra do Vietnam, no grande parque de Washington, D.C.
Já passei várias vezes lá e é sempre comovente ver pais velhinhos, chorando, e passando a mão em cima do nome do filho que perdeu a vida na Ásia.