sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Larry Rohter tem novo livro: Brasil em crescimento.



Sou fã do LARRY ROHTER desde antes da criação do mundo.
Ele é o amigo doce e culto que sempre sonhei ter.

Ex-correspondente do New York Times no Brasil, em 2004 protagonizou, involuntariamente, um dos maiores vexames da história republicana.
A Intelligenzia de Brasília pensou ter acordado de farda verde-cana e em Havana, e decidiu expulsá-lo do Brasil, por ele ter escrito uma matéria que muito ajudou o país, externando as preocupações com a quantidade de álcool ingerida pelo nosso querido presidente Lula.

Algumas horas depois alguém acordou de que não estávamos mais na ditadura militar e a proposta foi revogada.

"Deu no New York Times", o seu livro anterior, está na minha cabeceira, desde que foi lançado. Agora que o preço baixou de 40 para 9 reais, comprei uma carrada para dar de presente.

Agora lançou nos EUA "Brasil em ascenção".
Ele apareceu no Manhattan Connection.
Simpático, ponderado, culto e versado nos mais diversos assuntos, foi uma alegria vê-lo.

O novo livro exalta as conquistas econômicas brasileiras nos últimos 16 anos, e vê com otimismo o que virá. Diz que o Brasil não é "o país do futuro", mas certamente será "um dos países do futuro".
O venenoso Diogo Mainardi relembrou que a última pessoa que disse que o "Brasil era o país do futuro", o escritor austríaco Stephan Sweig, que viveu alguns anos por aqui, acabou por matar a mulher e se suicidar em seguida.

O que me deixou de queixo caído foi ele dizer que o principal problema brasileiro era o PROBLEMA RACIAL.

Desde que comecei a ler Karl Marx com 5 anos de idade (ah ah ah) sempre imaginei que o problema brasileiro era a desigualdade de renda, numa Sociedade de Classes.

O Brasil tem 4 classes:
1 - os pobres
2- os pobres que pensam que são ricos
3 - os ricos que não aceitam que são ricos
4- e os ricos.

O resto é balela!!!
A classe média que já não existia, foi explodida no governo de FHC e Lula.
A melhora da distribuição de renda foi feita tirando o dinheiro da classe média e dando aos pobres.
Os super-ricos, como Eike Batista, que apareceu no Roda Viva desta semana, e os bancos, multiplicaram seu cofrinho à todo vapor.