quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

SAL



Muitas pessoas são fascinadas com tecnologia, como se elas fossem sempre a melhor resposta para uma boa saúde. A mídia só reforça esta falsa idéia. Todo mundo vibra quando vê um bebê prematuro de meio quilo passar meses numa UTI Neo Natal, ao custo de milhões de dólares. É uma vida salva, sim, mas se você não imprimir dinheiro (atitude que só a Casa da Moeda está autorizada) vai faltar recursos para outras ações que afetariam centenas de pessoas.

Na mais prestigiosa revista médica do mundo, a New England Journal of Medicine, saiu um belo artigo esta semana.

Baseado em centenas de outras pesquisas, os autores mostram que se a população americana conseguisse diminuir 3 gramas de sal na dieta diária, (1200 mg de sódio) haveria uma diminuição de 100.000 infartos do miocárdio por ano, 50.000 derrames e 80.000 mortes. Isto economizaria cerca de 15 bilhões de dólares por ano.


Simples, não? O difícil é convencer as pessoas.

O sal é um dos condimentos mais utilizados e mais baratos.

Só 15% da ingestão diária é o que se acrescenta na mesa. O restante vem do sal usado para preservação dos alimentos. Enlatados e embutidos são os mais salgados.

É preciso aprender a ler as informações das embalagens dos alimentos e procurar evitar os mais salgados. Se você ler a informação de uma destas sopas em pó, você não vai aceitar acrescentar só a quantidade de água que eles orientam. Tem sal para 15 dias nelas. Uma atitude simples e generosa com a nossa saúde e os recursos da saúde, que poderão ser usados em outras necessidades.

Paladar, como outras coisas da vida, é disciplina.

Se você acostumá-lo com tripa de porco assada e coca-cola gelada, todos os outros alimentos lhe parecerão sem graça. É necessário educá-lo.