quinta-feira, 25 de março de 2010

Bíblia e Corão: quem é o mais violento?


O historiador de religiões Philip Jenkins,

da Penn State University,

decidiu comparar a violência presente

no Corão e na Bíblia.


Sua conclusão é que a Bíblia é mais agressiva.


“Surpreendentemente”, enfatiza Jenkins, levando-se

em conta a imagem de brutalidade

que os fundamentalistas islâmicos espalharam

pelo mundo em nome de sua religião.

A violência do Corão é mais “defensiva”

– e, “pelos padrões do século 7º,

razoavelmente humana”.

Já a Bíblia traz um tipo específico de violência

que “nós só podemos chamar de GENOCÍDIO”.


Em Samuel (15:3), o profeta diz a Saul,

a mando de Deus:

“Vai, pois, agora e fere a Amaleque;

e destrói totalmente a tudo o que tiver,

e não lhe perdoe.

Matarás desde o homem até a mulher,

desde os meninos até aos de peito,

desde os bois até as ovelhas,

e desde os camelos até aos jumentos”.

Ou seja: COMPLETA ANIQUILAÇÃO.

A ordem era tão definitiva que,

quando Saul decide poupar algumas das vítimas,

Deus desabafa (15:12):

“Arrependo-me de haver posto a

Saul como rei; porquanto deixou de

me seguir,

e não cumpriu as minhas palavras”.

Jenkins afirma, porém, que o judaísmo

e o cristianismo, com o passar dos séculos,

deixaram a violência da Bíblia

somente no campo das representações.


Hoje “aniquilar o inimigo” significa

simplesmente combater os próprios pecados.


Resumo do artigo de

Marcos Guterman, no Estadão.