O historiador de religiões Philip Jenkins,
da Penn State University,
decidiu comparar a violência presente
no Corão e na Bíblia.
Sua conclusão é que a Bíblia é mais agressiva.
“Surpreendentemente”, enfatiza Jenkins, levando-se
em conta a imagem de brutalidade
que os fundamentalistas islâmicos espalharam
pelo mundo em nome de sua religião.
A violência do Corão é mais “defensiva”
– e, “pelos padrões do século 7º,
razoavelmente humana”.
Já a Bíblia traz um tipo específico de violência
que “nós só podemos chamar de GENOCÍDIO”.
Em Samuel (15:3), o profeta diz a Saul,
a mando de Deus:
“Vai, pois, agora e fere a Amaleque;
e destrói totalmente a tudo o que tiver,
e não lhe perdoe.
Matarás desde o homem até a mulher,
desde os meninos até aos de peito,
desde os bois até as ovelhas,
e desde os camelos até aos jumentos”.
Ou seja: COMPLETA ANIQUILAÇÃO.
A ordem era tão definitiva que,
quando Saul decide poupar algumas das vítimas,
Deus desabafa (15:12):
“Arrependo-me de haver posto a
Saul como rei; porquanto deixou de
me seguir,
e não cumpriu as minhas palavras”.
Jenkins afirma, porém, que o judaísmo
e o cristianismo, com o passar dos séculos,
deixaram a violência da Bíblia
somente no campo das representações.
Hoje “aniquilar o inimigo” significa
simplesmente combater os próprios pecados.
Resumo do artigo de
Marcos Guterman, no Estadão.