quinta-feira, 6 de maio de 2010

Consumidores ou cordeiros?


Como estou ficando velho e cada dia menos desejoso de sair de casa, fiquei quase 2 anos sem visitar Caruaru, que fica a pouco menos de 100 kms de Pesqueira, e é a maior cidade desta região do interior de Pernambuco.

Ontem fui obrigado a ir ao Conselho Regional de Medicina para assinar documentos que exigiam minha presença. Como esta desagradável tarefa se cumpriu em poucos minutos, aproveitei para visitar o principal Shopping da cidade, que antigamente se chamava Shopping Caruaru e agora se chama NORTH SHOPPING CARUARU, nome que me fez rir.

Entrei na loja âncora HIPERBOMPREÇO.
Tento só ir lá cada 2 anos.
Mas agora vou passar prá cada 3 anos.

Não tinha muita gente, por ser um meio de tarde, no meio da semana.
Mas os caixas da loja estavam fechados na sua maioria, e ninguém passou menos de meia hora em uma fila prá pagar o que quer que fosse.

Fiquei abismado que o consumidor brasileiro, especialmente o das capitais, tenha se tornado tão imune a qualquer indelicadeza.
Esta fila de meia hora é a regra de todas as vezes que fui ao Hiperbompreço.
Quando tem poucos clientes tem poucos caixas funcionando.
E de qualquer maneira, em qualquer horário, todo mundo acha a coisa mais natural ficar meia hora numa fila esperando para pagar.
Acho um absurdo e tenho uma solução.
Não adianta uma lei que não é cumprida, como a das filas dos bancos.

Só daria certo assim:
na hora que você entrasse na fila, receberia um cupom, e por cada minuto que ficasse nela a sua conta seria diminuída em 1 ou 2 reais.
Só isto faria funcionar este capitalismo selvagem que quer economizar em funcionários, humilhando os clientes.

Estou cada vez mais convicto que deveria mesmo ter sido monge trapista.
Acordar às 3 horas da madrugada para rezar e ficar em silêncio o dia inteiro é mais produtivo para a alma de que toda esta agitação do mundo contemporâneo.