por ANEMONA HARTOCOLLIS
Ajudando pacientes a morrer, ela luta pela vida.
Quando tinha 38 anos, Dra. Desiree Pardi era uma médica de cuidados paliativos, aconselhando doentes terminais em suas escolhas.
Sua própria condição de sobrevivente de um câncer de mama aos 31 anos, lhe qualificava para este trabalho.
2 anos atrás a sua doença recorreu e, quando lhe foi oferecido só cuidados paliativos, ela decidiu lutar por todos os meios. Aceitou até tratamentos com apenas 2 por cento de chances de sucesso.
Filha de família pobre, teve grandes dificuldades para conquistar seu diploma de médica. E, apesar de ter aconselhado muitas pessoas para optar por cuidados paliativos, não aceitou o mesmo para si. Dizia que não estava preparada para morrer, o que terminou acontecendo aos 41 anos, nos braços do marido, e depois de todos os dolorosos tratamentos que conseguiu fazer, mesmo sem evidências de que lhe beneficiariam. Sua luta abriu um debate sobre este assunto.
Resumo de um artigo que saiu em 3 de abril de 2010, no New York Times. Na foto a dra, seu marido e sua filha.