sábado, 11 de julho de 2009


( Como os leitores já sentiram, a dias tento tirar Michael Jackson e Sarney deste blog ... mas não consigo. Os 2 nasceram para primeira página e não conseguem sair de lá. Continuarei tentando. )

O Brasil viveu nesta quarta-feira seu momento Namíbia (confins africanos) ou Honduras (república de bananas) e a grande mídia, na sua guerra santa contra Sarney, fez de conta que não viu.
O Presidente Lula estava fora do país, o Vice-Presidente Alencar teve que se submeter a uma cirurgia de urgência e passou 6 horas na sala de cirurgia e provavelmente o dia inteiro sem poder decidir nem qual era a sua mão direita ou esquerda (sob efeito de anestesia). Sarney, como Presidente do Senado e do Congresso deveria ter assumido o cargo... mas não assumiu. Voltaria a aparecer na foto oficial com a faixa, como na foto acima.

Se o Brasil tivesse sido alvo de um atentado terrorista, por exemplo, ou outra situação que exigisse decisões imediatas, quem teria dado a palavra final? Provavelmente algum araponga de plantão ou José Dirceu que era, afinal de contas, quem decidia tudo que realmente importava até poucos meses atrás.
Foi uma pena viver um momento destes.

Felizmente não aconteceu nada, mas mostra como a organização do estado brasileiro é frágil e esgarçada. Quem assiste "24 horas" ou "The west wing", sabe como existem situações que um presidente fora do país não pode decidir. Certas situações exigem avaliações locais e imediatas ou as consequências podem ser funestas. Não podem continuar lendo historinhas para crianças por mais 6 minutos, como fez W.Bush na Flórida, enquanto as Torres gêmeas eram alvejadas.
Comprovado mais 1 vez: Deus é brasileiro.