quinta-feira, 16 de julho de 2009

Macacos vivem mais com menos calorias.


A VEJA desta semana repercutiu o que foi matéria em muitas páginas médicas na semana passada: um estudo feito em grupos de macacos, durante 20 anos. Este tipo de trabalho já tinha sido feito com aves, vermes e ratos, com os mesmos resultados. Agora chegou aos primatas.

O total eram 76 macacos, que têm vida média de 27 anos.
O primeiro grupo comeu uma dieta de 445 calorias e 1 maçã, por dia. (30% a menos de calorias.)
O segundo grupo comeu 885 calorias e uma maçã, por dia.

Ainda não está comprovado que a dieta de menos calorias aumenta os anos de vida, mas a situação na velhice dos 2 grupos é totalmente diferente.
O primeiro aparenta muitos anos a menos e tem uma quantidade infinitamente menor de doenças.
O segundo parece sofrer de todos os achaques da velhice: pele enrugada, taxas sanguíneas de gorduras, açucar,etc, altas, artrite e pele enrugada.

CONCLUSÕES :
1 - Uma dieta com menos calorias melhora a qualidade de vida na velhice. Ao contrário da crença popular, que quer entupir crianças e doentes de comida, achando que a recuperação só vem se empanturrando de comida.

2 - Vai ser muito difícil comprovar isto em seres humanos. Seria preciso mantê-los engaiolados algumas dezenas de anos, para poder controlar a dieta. Ninguém se habilita a tal.

3 - O bom senso que a VEJA recomenda na última frase do artigo tem que ser com letras maiúsculas. Por minha experiência pessoal, a fronteira entre controlar a dieta e distúrbios alimentares ( anorexia, bulimia, etc. ) é um frágil passo. Quando não acaba se transformando em obsessão.

4 - Os pesquisadores do trabalho não recomendam às pessoas começarem a fazer dietas de poucas calorias por conta própria. A falta de alguns nutrientes pode ser muito mais prejudicial à saúde do que as vantagens de uma dieta errada.