Esta é uma foto de São José do Egito, sertão pernambucano, copiada de matéria no site da Tribuna da Região. Repercuto aqui o fechamento do Hospital Menino Jesus daquela cidade, pertencente ao ex-deputado José Marcos. Segundo ele e a matéria, o Hospital tinha excelente estrutura administrativa, leitos de UTI adulto e pediátrico, mas não sobreviveu ao apertos dos preços pagos pelo SUS e a ausência de pacientes particulares e de convênios.
É uma pena, por 2 razões :
1 - Ficou na cidade só a Unidade Mista, pública. O monopólio, até na saúde, é um grande perigo. Quando não existe concorrência, não existe nenhum incentivo prá melhorar e se aperfeiçoar.
2 - Um hospital que fecha fará certamente falta à população daquela região.
3 - Aqui em Pesqueira, a Casa de Saúde São José, particular mas com considerável volume de pacientes do SUS, tem vencido as dificuldades e limitações. A população tem um pouco de dificuldade de entender o custo de certos serviços e a impossibilidade de tê-los. Ninguém imagina, por exemplo e indo para um caso extremo, que um avião UTI do ar, mesmo se ficar parado em terra, o custo não é menor do que 5 mil reais por dia. Por esta mesma razão que aqui não tem muitos tipos de serviços e especialistas. Em um país com saúde pública organizada e não rateada entre cargos políticos, existe uma forma de suprir estas necessidades excepcionais. No Brasil existe pouco interesse por isto. Se for tiver um INFARTO do miocárdio, aqui em Pesqueira, se tiver dinheiro ou caros convênios de saúde, um avião UTI lhe levará prá Recife. Se não, você pode acabar numa maca, num corredor superlotado, se conseguir chegar em Recife. Se tiver sorte de encontrar vaga no ex-IPSEP ou no público PROCAPE, estará no lugar que pode lhe dar tudo que você e sua doença precisam. Pena que só a minoria vai ter esta sorte.