terça-feira, 3 de novembro de 2009

Foi apenas um sonho


Duplo sentido: para o filme e para as minhas férias que acabam hoje.

O FILME : técnicamente perfeito. O diretor Sam Mendes volta a visitar a classe média dos subúrbios americanos nas décadas de 50-60.
O título brasileiro é uma tradução equivocada de REVOLUTIONARY ROAD, e deixa a impressão de um insosso filme romântico, que não é.
KATE WINSLET brilhante como sempre.
E ainda mais sob a direção do marido.
LEONARDO DI CAPRIO, um bom ator, que agora está produzindo (pagando) filmes para poder atuar. O problema é que, com o jeito juvenil dele, não consegue convencer que tem mais de 20 anos, mesmo com toda maquiagem. Isto já tinha acontecido em AVIADOR e tantos outros.

Incomoda nestes filmes da década de 50-60 todo mundo fumando sem parar. Será que a indústria do cigarro está financiando estas coisas?
Ou é paranóia minha?
No seriado MAD MEN não se passa 30 segundos sem que alguém puxe um cigarro.

O novo cinema americano está quase a nos convencer que toda classe média americana deu errado emocionalmente. Isto não é verdadeiro. 99% dos habitantes dos subúrbios, (tipo condomínio brasileiro, só que longe do centro da cidade) deve ter sido feliz, produtivo e útil à sua sociedade.

AS FÉRIAS : sempre fantasiamos que vamos realizar mais do que o possível neste mês de descanso. No meu caso, foi descanso mesmo. Não topei nem ir à Recife. Quando lembro da última vez que lá estive, com seus engarrafamentos monstruosos, com as filas intermináveis até em banheiro de Shopping Center. As grandes cidades brasileiras ficam cada vez mais inviáveis.

Até Pesqueira já é um convite prá não sair mais de casa. O poder de compra das pessoas cresceu (graças a Jesus Cristo e a Lula, que são a mesma pessoa só para Hugo Chávez).
Agora todo mundo tem carro e moto e as ruas são as mesmas de 50 anos atrás. Resultado? Não se consegue mais estacionar e o trânsito pouco anda. Os supermercados continuam pensando que filas são prêmios para os clientes. Quando tem pouca gente, tem só 2 caixas funcionando... e filas. Quando tem muita gente, todos os caixas funcionam... e as mesmas filas.

Avalio um bom balanço das férias.
Fiz quase tudo o que planejei.
As coisas mais importantes da minha vida hoje são as mais simples. Nada, por exemplo, paga uma boa noite de sono. E ainda nem estou precisando do Propofol e da assistência do Dr. Conrad Murray, feito o Michael Jackson.


Belo cartaz americano.
Bom gosto nunca é demais.