11 de setembro é dia de triste lembrança para a humanidade.
8 anos do ataque terrorista à sofisticada Nova Iorque e 36 do sangrento golpe militar no Chile.
No primeiro, o mundo perdeu uma grande oportunidade de reflexão.
Em vez de vingança pura e simples, poderia ter usado o dinheiro para grandes seminários, para perguntar à elite intelectual do mundo por que se odeia tanto os americanos e o que fazer para mudar isto.
Mas... reflexão não rende dinheiro à máquina de guerra.
O dinheiro de cada míssil de 1 milhão de dólares que caiu na miserável e deserta Tora Bora, do Afeganistão, teria sido melhor aplicado em empregos, saúde e desenvolvimento humano.
Era difícil falar em reflexão na era de Bush e Dick Cheney, os falcões, representantes da bilionária indústria de armas, defesa,etc.
Uma grande oportunidade perdida.
O grande público mergulhou mais uma vez na solução mais fácil e de menos resultado, que é a vingança. Os donos do poder uivaram de prazer.
A popularidade de Bush que já se arrastava aos 8 meses de governo, quase chega em 100%. Foi uma tragédia atrás da outra.
Capa do livro de Ariel Dorfman e depoimentos de muitos intelectuais, sobre a carnificina de Santiago.
Prá quem viveu ou leu ou assistiu qualquer coisa, o que mais impressionou no Golpe de Pinochet contra o governo constitucional de Allende, foi a brutalidade.
Só agora os militares assassinos estão pagando a conta.
No link abaixo um artigo da BBC Brasil desta semana, dizendo que um juiz chileno está ordenando a prisão de 129 militares chilenos daquela época.
Mas, eu não estava falando acima contra a vingança?
No caso não é vingança, é JUSTIÇA.
Pena que tenha demorado 36 anos!
