Em seu apartamento de Filadélfia, Frank Levine mostra a lista dos remédios que usa, para diabetes, pressão alta e Viagra. Eu preciso disto, diz. FRANK tem 95 anos e já operou os 2 joelhos. Em junho quebrou o recorde americano dos 400 metros, para pessoas entre 95 e 99 anos.
Ele pertence a uma geração de atletas onde os remédios são parte da vida. A questão é: o quanto estas medicações estão ajudando seus desempenhos atléticos? Quem chega aos 75 anos sem estar tomando medicamentos? pergunta o presidente da associação. Muitos medicamentos de asma e menopausa não passariam num exame olímpico anti-doping. Uma corredora de 56 anos foi banida porque o seu remédio de menopausa tinha anabolizante. Um dos problemas é que teste antidoping custa 1000 reais por atleta e mais 10 mil para formar o comitê de análise. Sendo assim, poucas competições podem se dar ao luxo de fazê-los.
Diz Frank: Em 1950 você era considerado velho aos 50 anos. Atualmente existe um grande número de atletas de mais de 70 anos.
Champion Goldy, um corredor de 92 anos de Nova Jersei pretende arrebatar o título de o mais veloz dos 100 metros, para atletas com mais de 100 anos, quando chegar lá.
FRANK correu o seu recorde de 400-metros em 3 minutos e 20 segundos, bem longe do recorde olímpico de Michael Johnson de 41,18 segundos.
EU: Apesar do ponto central do artigo ser as questões do uso de medicamentos em atletas idosos, o que ficou para mim foi uma idéia de como o mundo mudou. Até pouco tempo atrás, as pessoas completavam 50 anos e se recolhiam em casa para esperar a chegada das doenças, da velhice e da morte. Agora existe uma atitude mais positiva e você, respeitando os limites de cada corpo, pode continuar seus hábitos, incluindo a participação em campeonatos de atletismo e maratonas. Que bom !
Resumo de artigo do New York Times, de 19 de agosto de 2009.