(A GRIPE ESPANHOLA: A PRAGA MAIS MORTAL DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE.)
por John M. Barry
Em 1918 uma praga percorreu o mundo sem avisos, matando adultos saudáveis, crianças e velhos. Hospitais superlotados. Em Filadélfia, 4,597 morreram em uma semana, e os corpos se amontovam nas ruas para serem enterrados em valas coletivas.
Não era a temida Morte Negra da Idade Média. Era a confluência de um vírus mutante da gripe e políticas da Primeira Grande Guerra Mundial. A estimativa está entre 50 e 100 milhões de mortos em 1 ano. Campos militares lotados, larga movimentação de tropas ao redor do mundo, foram o meio ideal para disseminação da doença. O governo americano recusou-se a mudar as ditas prioridades de guerra, agravando o caos.
O autor conclui que a habilidade da sociedade para sobreviver a outra pandemia gripal devastante, é mais uma questão política do que médica.
Relembra ao leitor que a resposta dos governos é frequentemente fruto dos seus movimentos políticos do momento. Cientistas erraram em cheio. Paul Lewis que ajudou a provar que poliomielite era causada por um vírus, e depois a desenvolver a vacina, fincou pé que era o Bacillus de Pfeiffer a etiologia, e com isto impediu muitas ações que poderiam ter sido tomadas.O livro descreve a catástrofe em um campo militar do estado de Massachussets, com centenas de recrutas, jovens saudáveis, morrendo a cada dia e o governo tentando minimizar as notícias, para não atrapalhar a guerra.
Karen Brudney, médica.Resumo de um artigo da revista médica New England J.of Medicine.
P.S.: Muitas pessoas mais velhas de Pesqueira, conhecem histórias sobre a chegada desta terrível doença à nossa cidade. Algum historiador poderia recolhê-las, enquanto elas são avaliáveis. Os governos atuais, um pouco mais sinceros, mas ainda tratam o público como idiota e não divulgam os dados reais. Não é caso de semear pânico mas, atrás de cada verdade dita, tem dezenas de mentiras escondidas.