Contundente editorial do jornal O GLOBO, de ontem.
Estes são os parágrafos finais (com pequena edição).
Para ler todo, tem um link no final.
" E foi pelas mãos do PT -como ocorreu na Petrobras- que o sindicato, por meio da nomeação de Lina Vieira, ampliou os espaços na Receita. Não deu certo, como se viu. A feitiçaria funcionou ao contrário. E ao afundar atirando, Lina e seu grupo expuseram a geografia de poder fragmentada existente na instituição.
O governo Lula teria decidido substituir o antecessor de Lina, Jorge Rachid, por considerá-lo "independente". Sintomaticamente, colocou em seu lugar uma representante da corporação, pela lógica petista, uma aliada.
Mas há outras lógicas no conflito entre grupos na Receita.
A crise na Receita desnuda o perfil do Estado brasileiro depois de seis anos e meio de liberdade total dada às corporações em Brasília: O CONTROLE DA MÁQUINA PÚBLICA É DIFUSO; ESTÁ SOB O JUGO DE FALANGES A SOLDO DA FISIOLOGIA, OU DE PROJETOS POLÍTICO-IDEOLÓGICOS, OU A SERVIÇO DE CORPORAÇÕES SINDICAIS.
É no que deu suspender a reforma e a modernização gerencial do Estado."