segunda-feira, 31 de agosto de 2009

MM


A nova geração de cinéfilos brasileiros tem todos os instrumentos para fazer a justa leitura do mito MARILYN MONROE. Além das 2 caixas de DVDs, com 7 filmes cada, que já vi anunciadas até por 40 reais, a MGM não cansa de passar os filmes dela no seu canal de TV e nas sessões corujas dos canais abertos.

Só quem se guiou pela iconografia que a mídia criou: a coelhinha da capa da primeira Playboy ou a ninfomaníaca deprimida, pode ignorar o de mais importante.
Não dá prá não ficar pasmo, revendo OS DESAJUSTADOS ( The misfits ), 1961, que foi o último filme dela e de Clark Gable.

Quando ela teve a sorte de ter um diretor como John Huston ( ou Billy Wilder, em Quanto mais quente melhor ), um cast como Gable, Montgomery Clift e Elli Wallach, além do roteiro primoroso do marido, o dramaturgo ARTHUR MILLER, o resultado foi uma obra prima.
Todas as imagens glamorosas desaparecem quando se assiste um bom filme dela.
O que impressiona para sempre é sua atuação.
QUE GRANDE ATRIZ QUE ERA !!!

Não preste atenção aos guias de cinema que dizem que Os desajustados têm um ritmo lento. A história da dançarina de striptease e seus 3 amigos vaqueiros, todos apaixonados por ela, não poderia ser mais rodopiante. Mais da metade do filme todos estão de porre, daqueles porres de você não lembrar o que aconteceu na noite anterior.
Imperdível !!!

Gable teve muitos problemas para se adaptar aos atrasos e descontroles de MM. No dia que terminaram as filmagens, ele disse: "Graças a Deus, que terminou. Senão ela iria me matar de Infarto. " No dia seguinte ele teve um infarto maciço e morreu 10 dias depois. Coisas do destino.

Capa da edição americana do DVD de
OS DESAJUSTADOS.