terça-feira, 11 de agosto de 2009

RUANDA 2 - a inacreditável atuação de religiosos (de vários credos) no massacre.



2009,

Corte de genocídio da ONU condena padre de

Ruanda a 25 anos.

Emmanuel Rukundo é um dos dois clérigos a serem

indiciados no tribunal pela morte de 800 mil

tutsis e hutus.

GEORGE OBULUTSA -REUTERS






DAR ES SALAAM, TANZÂNIA - A corte da ONU que está
processando os idealizadores do genocídio de Ruanda,
em 1994, condenou um ex-capelão militar a 25 anos
de prisão, por estupro e por matar tutsis que buscaram
abrigo em um colégio. Emmanuel Rukundo é um dos dois
clérigos a ser indiciados no Tribunal Criminal
Internacional de Ruanda (TCIR) por seu
papel do genocídio que durou 100 dias, durante os quais
o Exército e milícias hutus mataram 800 mil tutsis
e hutus de posição política moderada.

"O Comitê Judicial... considera Rukundo culpado de
genocídio,homicídio como crime contra a humanidade
e extermínio como crime",disse o TCIR em um
comunicado. O tribunal, que fica na Tanzânia, disse que
Rukundo,que era escoltado por soldados ou membros de
milícias durante a onda de violência, mantinha uma lista
de tutsis cujos movimentos eram monitorados.
Além disso, ele se envolveu no sequestro e assassinato
de pessoas que buscaram abrigo em uma escola e também
foi condenado por ter estuprado uma jovem tutsi.

"O acusado é considerado culpado de ter abusado de
sua autoridade e influência moral para promover
o sequestro e o assassinato de refugiados tutsis", disse a
corte.Rukundo,ex-capitão das forças armadas de Ruanda,
foi preso em Genebra em 2001. Os anos que ele já passou
na cadeia serão levados em conta.

O tribunal começou a trabalhar em 1997 e, até agora,já
deu 37 sentenças,das quais apenas seis foram absolvições.
O tribunal deveria ter completado suas tarefas no fim do
ano passado e ouvir apelações até o fim de 2010.
No entanto, a Assembléia Geral da ONU está considerando
estender este mandato. O secretário-geral da ONU,
Ba Ki-moon, está visitando a
Tanzânia e deve se encontrar com o TCIR.

Muito bom este site da Universidade de YALE-EUA,
sobre os genocídios de Ruanda e Camboja.